O Agronegócio no Brasil

O agronegócio brasileiro possui um papel muito importante para o desenvolvimento econômico de nosso pais e para a segurança alimentar de 10% da população mundial, já que o Brasil exporta produtos alimentícios para 150 países.

Entre 2022 e 2023 a indústria agropecuária cresceu 15,1% impulsionando o PIB brasileiro que fechou o ano de 2023 com um aumento de 2,9% e em 2024 o setor abriu 205 novos mercados, com a expectativa de chegar a 300 ao fim do ano.

Para se adaptar as novas exigências e necessidades de sustentabilidade dentro do setor, o Brasil tem implementado tecnologias que ajudam a reduzir as emissões de carbono, como a integração de lavoura, pecuária e floresta, o uso de adubos biológicos e o melhoramento genético do gado.

As emissões de carbono do agronegócio

Agropecuária e mudança do uso da terra respondem por 75% das emissões brasileiras de carbono em 2019.

Por outro lado, as emissões do Brasil em 2019 responderam por apenas 4% das emissões de carbono do planeta, ou seja, a agropecuária brasileira responde por uma pequena fração das emissões globais.

Apesar disto, o agronegócio brasileiro tem sido frequentemente criticado como um dos principais responsáveis pela crise climática mundial, uma visão que não reflete em absoluto a realidade mundial.

Quando as emissões da agropecuária do Brasil forem reduzidas a zero, o impacto global será uma diminuição de apenas 0,95% nas emissões.

A contribuição da agropecuária brasileira para o aquecimento global, na verdade, é bem menor do que se imagina popularmente.

Crescimento com sustentabilidade

Nos últimos 50 anos, o agronegócio brasileiro multiplicou por seis sua produção de grãos, enquanto a área plantada apenas dobrou. Atualmente, a agricultura ocupa cerca de 9% do território nacional, provando que é possível aumentar a produção sem expandir área plantada

É fundamental destacar que, nos últimos anos, o setor agropecuário no Brasil tem incorporado tecnologias que contribuem para a redução de emissões. Um exemplo disso é o investimento em melhoramento genético do gado, permitindo o abate precoce, que reduz o tempo em que os animais emitem metano, um gás 30 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono.

Além disso, o uso de adubos biológicos nitrogenados tem substituído fertilizantes químicos, diminuindo a emissão de óxido nitroso – um gás 300 vezes mais nocivo que o carbono.

A integração lavoura, pecuária e floresta bem como a recuperação de pastagens degradadas são ações técnica e economicamente viáveis que vem sendo implementadas pelo agronegócio brasileiro que aumentou a produção sem desmatar nos últimos 50 anos.

Em 2023, o Brasil produziu 320 milhões de toneladas de grãos, comparado aos 50 milhões da década de 1970. Esse crescimento foi impulsionado por inovações tecnológicas e não pelo desmatamento para incorporação de novas áreas ao sistema produtivo.

Esses números mostram que o agronegócio brasileiro está longe de ser o vilão das mudanças climáticas. Pelo contrário, o setor tem se esforçado para aliar inovação e sustentabilidade.

O impacto do mercado de carbono no agronegócio

A aprovação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) que regula o mercado de carbono no Brasil é iminente, e o impacto disto no agronegócio pode ser direto.

Esse sistema busca incentivar a redução de emissões e promover projetos que gerem desenvolvimento sustentável, criando créditos de carbono sem prejudicar o mercado voluntário de carbono que já opera no país.

Uma das maneiras pela qual o agronegócio pode ser impactado pelo mercado de carbono, é através do Bônus de Remoção de Carbono (BRC), metríca desenvolvida pela Jiantan, que precifica o carbono sequestrado por áreas de mata nativa preservadas em propriedades rurais, ou seja, o BRC remunera produtores rurais pela preservação de áreas de mata nativa.

Isso insere os produtores no mercado de carbono, conforme a legislação brasileira que permite o pagamento por serviços ambientais, como a remoção de carbono.

O mercado brasileiro de carbono será único, uma vez que, ao contrário dos grandes emissores do hemisfério norte, onde a principal fonte de emissões é a energia, no Brasil o uso da terra é a principal causa.

Hoje, 24% das emissões brasileiras de carbono vêm da agropecuária e 51% da mudança no uso do solo.

No entanto, esses números são parte dos apenas 4% de contribuição do Brasil para o aquecimento global, sendo a agropecuária responsável por cerca de 0,95% das emissões mundiais.

O agronegócio é um aliado do meio ambiente

Ao longo das últimas décadas, o agronegócio brasileiro cresceu com base em tecnologia e inovação, não por meio de desmatamento.

Além disso, o setor tem sofrido com os impactos da crise climática, como perdas de safras causadas por secas e enchentes. Os dados confirmam que o agronegócio brasileiro não é o principal causador do aumento de carbono na atmosfera.

Ao remunerar produtores rurais pela preservação de áreas nativas, a Jiantan está mostrando que o agronegócio pode ser parte da solução para a crise climática.

Esse modelo de negócio, baseado na legislação brasileira, não apenas promove a sustentabilidade, mas também reforça o papel crucial do Brasil na preservação ambiental global.

O agronegócio brasileiro, longe de ser o vilão das mudanças climáticas, é uma força importante para a produção agrícola sustentável.

Com iniciativas como a da Jiantan e o avanço do mercado de carbono no Brasil, o país pode mostrar ao mundo que é possível aliar crescimento econômico, produção de alimentos e preservação ambiental.

O futuro do agronegócio é continuar seguindo esse caminho de equilíbrio entre tecnologia e sustentabilidade. O agro bem-feito é a solução!

Compartilhe:

2 Replies to “O Agronegócio no Brasil”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *