Vamos falar sobre bônus de remoção de carbono?

Fundada em 2022, a Jiantan é uma startup de Maringá que está revolucionando a compensação de carbono.

Selecionada na 1ª edição do Paraná Anjo Inovador, a empresa utiliza uma metodologia internacionalmente reconhecida para quantificar o carbono sequestrado por áreas de mata nativa nos diferentes biomas brasileiros e criou o Bônus de Remoção de Carbono – BRC que permite quantificar, precificar e comercializar o serviço ambiental de remoção de carbono.

O Bônus de Remoção de Carbono é a tecnologia desenvolvida pela Jiantan que permite a mensuração e a remuneração do serviço ambiental de remoção de carbono prestado pelas áreas de mata nativa, incluindo áreas de reserva legal, e preservação permanente nas propriedades rurais inscritas no Cadastro Ambiental Rural – CAR.

Mas afinal o que é o Bônus de Remoção de Carbono?

Denominado Bônus de Remoção de Carbono – BRC é um ativo intangível não financeiro que equivale a uma tonelada de carbono retirada da atmosfera no período de um ano. A emissão e gestão dos Bônus de remoção de Carbono é feita de modo a garantir que o sequestro de carbono seja real, permanente, mensurável, rastreável, adicional e contado apenas uma vez conforme preconizado pelo Protocolo de Quioto.

É valorização para empresas

Imagem por Freepik

Empresas podem comprar Bônus de Remoção de Carbono, e os valores são repassados aos produtores rurais responsáveis pela preservação dessas áreas.

O BRC é uma ferramenta que permite que os gestores utilizem a pegada de carbono gerada pela empresa para obter as seguintes vantagens:

– Atender as demandas de Sustentabilidade e ESG;

– Agregar valor ao produto de forma objetiva e transparente através do Selo de BRC. O que permite a empresa trabalhar com uma margem de lucro maior sob o produto;

– O BRC permite ainda beneficiar os produtores rurais e proporciona a empresa uma aproximação que traz benefícios para as partes;

– ⁠O BRC paga pela preservação e remunera a recomposição das florestas.

Como funciona na prática?

A remuneração por sequestro de carbono já é uma realidade e pode ser utilizada por sua empresa como incentivo a práticas sustentáveis além de indiretamente agregar valor ao seu produto.

Hoje já é possível remunerar produtores rurais e compensar a sua pegada de carbono através do mercado voluntário segundo a política de pagamento por serviço ambiental.

Desde 2023, já foram pagos mais de R$65 mil aos agricultores cadastrados em nossa plataforma.

Até o final de 2024, mais de R$40 mil serão pagos, mostrando que a preservação do meio ambiente pode ser recompensadora para todos.

A Sancor Seguros adquiriu 4 mil toneladas de BRC em 2023 para a Campanha “Seguro pro futuro” e obtiveram um aumento de vendas de seguros novos em número de apólices 39% superior ao mesmo mês no ano de 2022.

A Microsoft recentemente comprou o serviço de remoção de carbono no valor de 100 milhões de dólares. Isso porque é lei na Califórnia que as empresas compensem o carbono, e a Microsoft precisa compensar o carbono emitido com o uso da sua tecnologia.

Legislação prevista

Image by katemangostar on Freepik

Essa lei já existe no Brasil (Projeto de Lei 182/2024) e em pouco tempo todas as empresas que emitem mais que 10 mil toneladas de carbono por ano deverão fazer monitoramento de suas emissões e as empresas que emitem mais que 25 mil toneladas de carbono por ano terão cotas de emissão e deverão compensar o que exceder estas cotas.

Mas a urgência de ações em relação à crise climática, o crescente interesse da sociedade neste assunto e o fortalecimento das políticas de ESG nas empresas de todos os tamanhos serão determinantes para que ações de redução e compensação de emissões de carbono não sejam uma necessidade legal ou um diferencial de mercado, elas serão um denominador comum entre as empresas bem posicionadas no mercado.

Quer saber a sua pegada de carbono? Faça o cálculo pela calculadora.