Certificação de carbono no Brasil avança: veja as novas iniciativas

O mercado de ativos de carbono no Brasil está passando por transformações significativas com novas parcerias e iniciativas que visam fortalecer a regulamentação e credibilidade do setor.

Desde a certificação nacional até o uso de tecnologia blockchain para negociação de ativos ambientais, o país está se posicionando para liderar o mercado global de carbono.

Casa da moeda será certificadora nacional de ativos de carbono

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) firmou uma parceria estratégica com a Casa da Moeda do Brasil – CMB (CMB), tornando-a a primeira certificadora nacional de ativos de carbono. Até então, esse setor era dominado por certificadoras estrangeiras.

O acordo, oficializado em 10 de fevereiro, prevê capacitação técnica e desenvolvimento de projetos sustentáveis, garantindo autenticidade e credibilidade ao processo.

Com isso, a comercialização dos créditos em bolsas de valores se tornará mais transparente e acessível.

Essa iniciativa está alinhada à nova legislação sancionada em dezembro de 2024, que regulamenta o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

Consulta Pública sobre certificação de carbono

O BNDES e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançaram uma consulta pública para discutir a certificação de carbono no Brasil.

Essa iniciativa busca regulamentar e fortalecer o mercado, alinhando-o aos padrões internacionais.

O debate ocorre em um momento crucial, após a aprovação do Projeto de Lei 2.148/2015, que estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).

Com um grande potencial ambiental, o Brasil pretende consolidar-se como líder no mercado global, atraindo investimentos sustentáveis.

Empresas apostam na restauração florestal como negócio sustentável

Empresas estão investindo na transformação de áreas degradadas em “fazendas de carbono”, um mercado com potencial de US$ 15 bilhões para o Brasil.

No Maranhão, uma fazenda de gado foi convertida em uma área de reflorestamento, capturando carbono e gerando créditos para o mercado voluntário.

Porém, a falta de regulamentação do mercado de carbono no Brasil ainda gera insegurança para investidores. Enquanto isso, países como União Europeia e Nova Zelândia já possuem sistemas avançados de negociação de créditos.

Jiantan: Inovação na compensação de carbono por florestas nativas

A Jiantan se destaca no mercado de compensação de carbono com um modelo inovador que quantifica o sequestro de carbono realizado por florestas nativas no Brasil.

Ao contrário de empresas focadas em reflorestamento ou sistemas agroflorestais, a Jiantan prioriza a preservação e a regeneração natural de florestas já existentes, remunerando produtores rurais que mantêm vegetação nativa em suas propriedades.

Produtor fala sobre sua experiência com a Jiantan.

Baseado em legislação brasileira de 2012, esse modelo permite a remuneração de proprietários rurais pelo serviço ambiental de remoção de carbono da atmosfera.

Com uma metodologia própria, a Jiantan quantifica esse sequestro e converte em créditos de carbono, vendidos para empresas interessadas em neutralizar suas emissões.

Desde o início das operações, a Jiantan já pagou mais de R$ 105 mil a agricultores cadastrados na plataforma, contribuindo para o desenvolvimento regional sustentável e para a manutenção dos biomas brasileiros.


Com essas iniciativas, o Brasil dá passos importantes para fortalecer seu mercado de carbono, equilibrando desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

A regulamentação e a transparência nesse setor são fundamentais para consolidar o país como referência global em sustentabilidade e atração de investimentos verdes.

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